sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Bíblia- Parte 1- Postagem I


ARAM E AS VIAGENS NO TEMPO
 

"O Antigo Testamento"    

Sinopse
          Esta obra é o resultado de incansáveis pesquisas literárias sobre este maravilhoso e emocionante tema. Na cor "Preto", está grafado os resumos destas pesquisas e até partes editadas, que coloca esta, em meio às outras merecedoras de credibilidade para a realização de suas pesquisas ou simplesmente para o aumento de seu conhecimento religioso e científico.
 Grafados na cor "Vermelho" - sem desviar da seriedade e respeito ao tema e de sua proposta informativa - esta obra  traz consigo também a ficção.  Nela,  e bem à vontade , viajará nossa protagonista, suas amigas e amigos.
Fantástico verificar "o quantum" as as expedições arqueológicas contribuirão para a internacionalização da Bíblia Sagrada e seus ensinamentos para a humanidade. Indiscutível a importância dos arqueólogos  Prof. Parrot e seu compatriota Prof. Schaeffer  e suas escavações em Ugarit e Mari, no médio Eufrates, onde encontraram Inscrições Cuneiforme contendo nomes bíblicos que situaram num período histórico os acontecimentos e as  narrativas sobre os patriarcas, deixando os relatos - a partir de então  - de serem entendidos apenas  como simples "histórias piedosas".
 Os testemunhos do Culto Cananeu de Baal, foram encontrados pela primeira vez na costa do Mediterrâneo, em Ugarit. No mesmo ano foi encontrado  numa caverna - perto do Mar Morto  - um rolo do Livro do Profeta  Isaías, considerado de data anterior a Cristo. Portanto, esta obra não se refere apenas a um tema fascinante, mas também, aos exames e resultados obtidos nas pesquisas científicas  proporcionado pela Arqueologia Bíblica.    A  porta das histórias do Antigo Testamento foi aberta no Ano de 1843 pelo francês Paul-Êmile Botta que em Corsabad, na Mesopotâmia, descobriu  em suas escavações as imagens em relevo de Sargão II; rei assírio que despovou Israel e levou seu povo em longas colunas, fato que se relacionam com a conquista de Samaria, descrito na Bíblia.
  
          Diante da grande importância da arqueologia para a humanidade, sábios de grandes nações como a americana, inglesa , alemã e francesa, fundaram escolas e institutos especiais para a realização destes trabalhos, inicialmente concentrado no Oriente   Próximo: -  na Mesopotâmia, na Palestina e no Egito. Como exemplo destas iniciativas, citamos : Em 1869; o Palestine Exploration Found; em 1892 a École Biblique  dos Dominicanos de Saint Étienne, e logo após, em 1898, a Deutsche Orientgesellschaft; a American Schools of Oriental Research em 1900, e o Deutsche Evangelische Institut für Altertumskunde em 1901. Neste período é colocado à descoberto na Palestina, com precisa localização, várias cidades e lugares descritos na Bíblia.

Graças a essas iniciativas, utensílios e monumentos arqueológicos primitivos encontrados pelos pesquisadores relacionados às personalidades do Antigo e Novo Testamento se fez cada vez mais presente. Mostrou-se assim as imagens e nomes que outrora só se ouviam falar. Sua fisionomia, suas roupas, suas armas e utensílios adquiriram  forma para a posterioridade.    Esculturas gigantescas mostram os hititas de grosso nariz, os altos e esbeltos filisteus, os elegantes príncipes  cananeus com seus "Carros de Ferro", tão temidos por Israel; os pacíficos e sorridentes Reis de Mari - contemporâneos de Abraão.
    "O semblante altivo e feroz  dos reis assírios foram mantidos, mantendo-se inalterável durante milênios. Teglatfalazar III, famoso no Antigo Testamento com o nome de Ful;   Senaquerib, que destruiu Laquis e sitiou Jerusalém;  Assaradon que mandou pôr a ferro o Rei Manassés  e  Assurbanipal, o "grande e famoso Asnafar" do livro de Esdras.
  
Os pesquisadores despertaram do sono do passado Ninive e Nemrod,  a antiga Cale;   Assur e Tebas, que os profetas chamavam No-Amon,  e  a famosa Babel da Babilônia com sua torre fabulosa. Os arqueólogos  deixaram à descoberto no delta do Nilo as cidades de Pitom e Ramsés, onde Israel sofreu odiosa escravidão,  pondo a descoberto as camadas de fogo e destruição que acompanharam a marcha dos filhos de Israel na conquista de Canaã,  e,  em Gabaa a fortaleza de Saul, sobre cujos muros o jovem Davi contou para ele ao som da harpa, e em Magedo, descobriram uma cavalariça gigantesca do Rei Salomão que tinha 12000 soldados de cavalo".

Do mundo do Novo Testamento, ressurgiram as magníficas construções do Rei Herodes. No coração da antiga Jerusalém foi descoberta a plataforma (litostrotos) -  citadas por João, o evangelista -  onde Jesus esteve diante de Pilatos. Os assirólogos decifraram em tábuas astronômicas de Babilônia os preciosos dados de observação da Estrela de Belém.

Todas essas incalculáveis descobertas e sua difusão modificaram a maneira de considerar as histórias bíblicas, antes tidas como simples,  mas que  finalmente conseguira sua  estatura histórica.
No geral, as narrativas da Bíblia, encontram suas provas nos resultados obtidos nas pesquisas e exames científicos. Mas não é apenas uma confirmação; elas esclarecem também os acontecimentos históricos que deram origem ao Antigo Testamento e aos Evangelhos.

 O destino e as experiências vividas pelo Povo de Israel;  o cenário da época e seu modo de viver  são assim apresentadas ao mundo.  Ao mesmo tempo se apresenta as lutas políticas, culturais e econômicas  que viviam os estados e impérios da Mesopotâmia  e  do Nilo, das quais nunca puderam - durante  milênios - livrar-se inteiramente o povo histórico da estreita  região intermediária da Palestina.
Para os Cristãos a Bíblia é um testemunho de  Histórias Sagradas. Entretanto, ela se faz acompanhar de outros genuínos e  espantosos acontecimentos,  mas, infelizmente,  carente de integralidade  porque o povo judeu  escreveu somente sobre sua história em relação a Jeová,  e do ponto de vista de seus pecados e expiação.
As narrativas bíblicas, com o auxílio das comprovações científicas, podiam finalmente  ser compreendidas e bem interpretadas, se contrapondo as correntes descrentes , auxiliando as correntes teológicas para as quais o que sempre valeu foi a palavra, nada mais que as palavras. "Mas como compreende - las se não fosse possível encaixá-la cronologicamente no seu tempo  histórico e geográfico"? , questionava o Prof. André Parrot, famoso arqueólogo francês.
    Privilégio de alguns peritos, essas descobertas causavam alguns questionamentos quanto a sua importância. Entre esses, o Prof. Friedrich Delitzsch, que em Berlim, dizia não entender o porque do interesse de certas nações desejarem para si, apesar de estarem em terras tão inóspitas e distantes e causarem tantas fadigas, o privilégio de escavar àquelas áridas colinas. A resposta mais adequada - na época - fora dada por outro alemão, o sábio Gustav Dalman em Jerusalém, ao dizer que tudo que foi visto e comprovados não seriam valorizados somente nos trabalhos científicos , mas também utilizado  na prática escolar e nas igrejas.
Traduzido em mais de mil idiomas e dialetos, inegavelmente a Bíblia  se tornou o maior livro da história da humanidade, notadamente para o povo do Ocidente. É fantástico observar e constatar que a gloriosa missão do Livro dos Livros - após dois milênios - não mostra  se quer uma pontinha de sinal que sinalize  o  fim de sua gloriosa e triunfal missão.     
  
Não importa se você é crente ou descrente - em tudo ou em parte - mas que faça uma reflexão pois  é inegável que atualmente nesse " Novo - Velho Tempo", o desrespeito as regras de boa convivência -  como na época antes D'ele -  vem aumentando dia a dia. Acredite : - E'le  veio e nos ensinou o imensurável poder da Fé, do respeito à vida e do amor ao próximo.
Não deixemos pois que seu sofrimento e ensinamentos sejam esquecidos. " SE você é um dos que "Ciente estás que E'le está Contigo", não desistas nunca de continuar lutando dia a dia de sua vida pela construção de um mundo melhor.
- Venham..., viagem comigo nessa fantástica, emocionante e gloriosa viagem lembrando  dos lugares, das pesquisas e das Escavações Científicas que tiveram como base as narrativas bíblicas que originaram o Antigo e Novo Testamento, e acreditai: - E'le está contigo.
Valdecy de Almeida.
                                                                   
                                                                           Parte I

De  Abraão a Jacó

 "Fértil Crescente"
- Estou no antigo Egito! Fui projetada com sucesso para essa época pela Máquina de Viagem noTempo; comunico a todos que estou bem. A emoção é grande, principalmente  por ter a permissão da Agência Internacional de Investigação- AGI para interagir nessa missão.
   
 - Sei que estarei arriscando minha vida nessa  complexa e perigosa  missão  e, desta vez mais que nas outras. Verei os fatos e as pessoas graças a essa maravilhosa invenção construida pelas espiãs Bella e Lorac, ambas no comando da AGI no Brasil. Estou ciente da grandiosidade desta missão e, cumpri-la sem emoção e empatia será muito difícil. Mas estou preparada e com o auxílio dos  micro-ships implantados em meu corpo: o Tradutor Universal-Tu47 e o Transferidor de Tempo Tt47x, terei condições de avançar e recuar no tempo e informar tudo tudo que  ver. Não há dúvida,  meus relatos serão mais uma fonte de pesquisas para as pessoas que desejarem saber mais sobre a história da humanidade e  do Livro dos livros:  A Bíblia Sagrada.
   
 -Verifico meu Transferidor de Tempo e ele confirma: estou no Antigo Egito e o ano é 2000 a.C;  o dia em nosso calendário é a Quinta Feira e a hora, 22h00. Encontro-me numa pirâmide, exatamente à um degráu de seu topo. A escuridão é imensa, mas vejo razoavelmente distante vários Pontos de Luz; parecem  tochas iluminando partes de um templo ou palácio. As pedras desta pirâmide são largas e compridas e sua altura aproximadamente  de 2 metros e meio. Vou saltar , segurar e amparar-me na lateral e subir ao topo e dele olhar todo o entorno.
     Cheguei! Faço um giro de 360 graus e vejo muitos sinais luminosos, mas não posso identificar os imóveis que estão sendo iluminados com precisão. Felizmente não chove e a noite está linda. Caraca! É lindo, muito lindo; são milhões de estrelas iluminando um maravilhoso Céu Azul.  Vou observar um pouco mais e depois dormir, mas não aqui no topo pois o vento está aumentando sua velocidade. Vou retornar ao degráu para onde fui projetada;  será mais seguro e poderei encostar-me em sua lateral,  enfiar meu punhal entre a fenda causada pelo encontro das pedras que dão forma a esta mega construção e amarrar-me.  Me amarrando estarei melhor protegida dos fortes ventos que certamente virão, afinal estou há uma grande altura da  base.  Bem...vou relaxar e dormir, amanhã certamente o dia será agitado.  
    
Pela manhã, ao acordar e após dar boas espreguiçadas, ajeitei meu cabelo e coloquei meu rústico sobretudo; sob ele ocultei minha espada e punhal. Agora posso ver claramente que estou em um,  entre as centenas de degraus desta linda e grande pirâmide. Vejo uma uma estrada ligando essa grandiosa construção à cidade que está localizada aproximadamente a uns 500 metros. A estrada parece um grande corredor pois em cada lado - de forma contínua - têm árvores e imensas plantações ao seu redor.
    
Noto que existem uma abertura dando acesso entre os degraus; dentro delas têm 3 pequenas pedras retangulares sobrepostas; são degraus e funciona como escada para descer ou subir. As aberturas estão à cada degrau, 3 metros uma da outra dando forma a uma grande espiral. Para descer tenho que caminhar no sentido anti-horário e usar a pequena escada de acesso.
    Vou iniciar minha descida  e à distância observar melhor os trajes usados pelas mulheres desta época. Penso que após pequenas adaptações em minhas roupas estarei adequadamente vestida e não despertarei curiosidades.
    Marco em meu Transferidor de Tempo as cidades de Jerusalém, Tiro, Damasco e Sidon , Horã, Ninive, Assur , Babilônia e Hur às margens dos rios Eufrates e tigre.

           -Verifico que traçando uma linha curva, com seu início no Egito, passando pela Palestina e Síria Mediterrânea, continuando até ao Tigre e Eufrates através da Mesopotâmia e descendo -a  até ao Golfo Pérsico, temos uma meia-lua com traçado perto da perfeição
.    Esse poderoso semicírculo em redor do deserto da Arábia é denominado de "Fértil Crescente": nele está abrigado muitas civilizações e culturas que  estão ligadas entre si como  pérolas num colar; delas irradia a luz para a humanidade, que a transformará no centro da civilização desde a Idade da Pedra até a Idade de Ouro da cultura greco-romana.
  
À medida que o olhar se afasta do "Fértil Crescente" menos se pode ver os vestígios de vida civilizada e cultura. Em Creta o domínio dos reis minóicos, fundadores da primeira potência marítima cresce e se faz conhecer historicamente. Defendendo seus habitantes há mil anos a cidade de Mecenas se transforma em uma Troia erguida sobre as ruínas da primeira. Entretanto em seus vizinhos Balcãns, apenas têm início a Idade do Bronze e na Sardenha - ocidente da França, os mortos são inumados em Túmulos de Pedras gigantescas; clara manifestação da Idade da Pedra.
  
Enquanto isso, constrói-se na Grã-Betranha o mais famoso santuário dessa época megalítica, o Templo do Sol Stonehenge com seu círculo de pedras gigantes, uma curiosidade envolta  em lendas que se perpetuará . Com Arados de Madeira, lavra-se o solo na Germania . Através da China, das vastas estepes  da Rússia  e através da África reina a escuridão, e no mesmo compasso dorme pesadamente o Continente da América  além das águas do Atlântico.
  
Ao contrário da América, uma verdadeira multidão confusa culturalmente, e  altamente desenvolvida esta vivendo lado a lado no Egito e no "Fértil Crescente" uma situação milenar, já que reinam e ocupam o trono os faraós. Está reinando Amenemat I, fundador desta  XII dinastia, cuja influência  estende-se desde a Núbia, localizada ao sul da segunda catarata do Nilo, passando a penínssula do Sinai, até Canaã e Síria, um grande domínio - tão grande como a  Noruega. Grandes e ricas cidades marítimas dos Fenícios estão às costas do Mediterrâneo. Na Ásia Menor, atual Turquia, estão lançando os fundamentos do poderoso reino dos antigos hititas.
  
Entre os Rios Eufrates e Tigre os reis da Suméria e de  Acad, tendo como tributários os reinos menores desde o Golfo Pérsico até às nascentes do Eufrates, assim como as  imponentes torres escalonadas da Mesopotâmia e as imensas pirâmides do Egito já haviam assistido à passagem de séculos  Como os grandes empreendimentos agrícolas de hoje, imensas fazendas  e plantações  há dois mil anos produziam cereais, legumes e  frutos seletos  nos vales artificiais, irrigados pelas canalizações ligadas ao Rio Nilo, Eufrates e Tigre. A arte da escrita cuneiforme  e hierogríficas, espalham-se por todo o "Fértil Crescente"; delas, servem-se os poetas, os funcionários da corte e administrativos governamentais em seus desempenhos profissionais, sendo indispensáveis há tempos nas atividades comerciais.
  
O intercâmbio de mercadorias  entre os grandes importadores e exportadores  da Mesopotâmia  e do Egito é muito ativo. Vejo que essas transações são realizadas através das caravanas e pelas rotas  de navegação, desde o Golfo Pérsico à Síria e à Ásia Menor, do Nilo pelo mar até Chipre e Creta. e mais adiante até o Mar Negro, um reflexo comercial atual gravado em barro e papiros. O cobre das minas egípcias da montanha do Sinai, a prata das minas da Cordilheira do Tauro e ouro  da Somália, na África Ocidental e da Núbia , no Nilo, assim como o Marfim de ambos, são nestes tempos,  os mais procurados;inclui-se nesta lista as tintas de púrpura das cidades fenícias do litoral de Canaã, incensos e especiarias  raras do sul da Arábia, magnífico linho dos teares egípcios e vasos maravilhosos da Ilha de Creta.
  
Em pleno florescimento estão a poesia e a ciência, e está surgindo aqui no Egito a primeira literatura de passatempo e a primeira poesia mundana . A  Mesopotâmia experimenta o seu renascimento. O grande reino do Eufrates inferior e os  filólogos de Acad; a primeira gramática é composta, e o primeiro dicionário bilígüe.  A lenda de Gilgamés. da Criação e do Dilúvio dos antigos sumérios, escritas em acádico - a lingua desta época -  são as epopeias cheias de emoção dramática.
  
Pelos livros se guiam os médicos  egípcios para fazerem e prescreverem seus remédios de plantas comprovadamente curativas. enquanto que os cirurgiões trocam ideias sobre anatomia. Os matemáticos da terra do Nilo, pelo método empírico, realiza o mesmo cálculo dos lados do triangulo, os quais somente daqui a 500 anos será fixado no exioma de Pitágoras, batizado com seu nome.
  
Na prática  os engenheiros da Mesopotâmia resolvem os cálculos do quadrado e  à serviço da Astrologia os astrônomos determinam com exatidão as órbitas dos planetas, tendo como base as suas observações. Constato que nessa área do Nilo, do Eufrates e Tigre - nessa época - não há Sinais de Guerra; reina a paz e bem-estar nessa área. Tão pouco vejo inscrições ou ouço falar sobre grandes acontecimentos guerreiros. Infelizmente  os sentimentos e ações negativas que habitam o coração do ser humano, entre os quais a inveja e a ganância mudará essa situação, por este motivo vou recuar no tempo: vou para o Ano de 1960 a.C.

Aqui estou nas vastidões ofuscantes e áridas do deserto da Arábia onde é banhado pelo Oceano Índico. Vejo desencadear poderoso ímpeto que avança para o norte e noroeste, para a Mesopotâmia , para a Síria  e a Palestina. Trata-se de uma avalanche de  povos e tribos nômades  de raça semítica com o propósito de chegar ao coração do "Fértil Crescente. Vejo que os amoritas, conhecido nesta época como ocidentais - que é seu significado -  espraiam- se  para os reinos do "Fértil Crescente".
   
 Os invasores estão bem armados e seus ataques são violentos e devastadores;  destroem tudo que veem pela frente; nada consegue parar o ímpeto desencadeado. É triste ver...  Ouço gritos de sofrimento  e vejo muita fumaça no ar.  Muitas casas e plantações estão em chamas. Pego minha espada com a mão direita e o punhal com a esquerda. Coloco-me ao lado de uma casa e vejo em seu interior uma criança abraçada por um homem; provavelmente seu pai. Ele está desarmado e aflito. Ambos me veem pela janela e acuam-se; estão  assustados.

Caminho em direção a porta e vejo chegar um invasor, que ao  me ver, desvia sua atenção da casa e com sua grande e rústica espada ataca-me. Ele é alto, troncudo e muito peludo...Àquele que em nosso tempo facilmente chamamos de brutamontes. Com sua grande e rústica espada em punho, acompanhado de grande expressão de ódio em sua face,  ele - girando da esquerda para a direita -  efetua seu violento golpe, ao qual contra-ataco abaixando-me, e girando no mesmo sentido consigo atingi-lo mortalmente.
    

Volto minhas atenções  ao casal que apesar de esplícito medo, olham-me com suas expressões um tanto confusas : uma mistura de medo, admiração e agradecimento. Sinaliso para que levantem, momento em que a menina me agradece, falando em acádico, uma das línguas da época, a qual respondo com o auxílio de meu Ship Tradutor. Mas interrompo a conversa e rapidamente volto à porta, de onde vejo outros invasores vindo em nossa direção.  A menina pega em minha mão e  puxa - me até outro cômodo. Em ato contínuo o homem arrasta um móvel. Atrás dele um grande buraco dando aceso a um túnel; uma saída de emergência. Imediatamente entramos e facilmente pude notar que estávamos num desativado sistema de Aqueduto de Forma Retangular.
   

 Por ele caminhamos por aproximadamente 15'( minutos ) até chegarmos numa grande praça. Abaixo dela, uma outra, lindamente arborizada e banhada por um lago artificial.  A água sai de 4 buracos circulares de outro Aqueduto que segue em direção a um lindo e imenso palácio. Por vir do futuro, enfrento eu minha primeira emoção: De mãos dadas ao meu lado, pai e filha vendo sua terra ser invadida sem saber que nos próximos dias todo o reino estaria dominado e que muitos morreriam. Voltei a esconder minha espada, colocando-a sob  minhas vestes e chamo meus protegidos.
   

 Eles permaneciam assustados  e sinalizavam querer ir direto ao palácio. Sinalizei que esperassem e acionei meu Tradutor  Universal, e,  em Arcádio conversamos:
- Meu nome é Aram e vocês quem são?
- Meu nome e Hamur e o dela é Hera, minha filhinha. Obrigado por nos salvar. Como podemos ver daqui toda a população já está se preparando para resistr aos invasores. Eu sou o guardião deste aqueduto e tenho que providenciar sua interrupção, mas vou  precisar da ajuda dos guardas.
    

Venha,  me acompanhe até ao palácio e por favor tome conta de Era enquanto eu estiver destruindo o  Aqueduto. Confesso que estou assustado  e muito curioso; quero saber de onde você é e como chegou até a minha casa . À princípio pensei que você fosse um dos invasores, disse Hamur
Aram o acompanhou até ao palácio  e prometeu esperá-lo. Hera, agora menos assustada, permanecia quieta mas com seu olhar tentando ver minha espada. Após algum tempo Hamur retorna em companhia de dez soldados , mas não sobem â praça desativada onde estávamos; eles caminham em direção a uma espécie de moinho composto de quatro pontos de torção. Hamur divide os soldados em quatro grupos de três e ordena que segurem suas quatro hastes. Hamur pede então para que eu e Hera desça e reforça seu pedindo, sinalizando para que sejamos rápidas. Após chegarmos, Hamur ordena para que os soldados iniciem o giro do suposto moinho à medida que eles giravam, lá em cima uma grande e robusta plataforma formatada em "L" , avançava em direção a saída do aqueduto desativado por onde havíamos chegado. 


Após deslocar-se por uns cinco metros , a lateral da plataforma tampou totalmente aquela saída. Pelo menos por ali, os invasores não passariam facilmente. Convidada, acompanhei Hamur e Hera até ao palácio, mas tinha que abandoná-los e seguir em minha missão. Hera e seu pai são especiais e a ligação de seu pai ao palácio certamente aumentavam a chance de permanecerem vivas e se adaptarem as exigências dos invasores.

 Hamur colocou-me em uma das muitas instalações luxuosas daquele palácio, ficando ele e Hera em outra ,ao lado daquela onde eu estava. Estando finalmente só, resolvi partir e seguir em minha missão. Meu abrupto desaparecimento causaria forte impacto em Hamur e, em sua filha  Hera, mas o que fazer? Não havia tempo para explicação. Assim, tendo como base a Hera Cristã, avancei no tempo: sai do Ano de 1960 a.C , indo para 1530 a.C.
   
Aqui estou nas vastidões ofuscantes e áridas do deserto da Arábia onde é banhado pelo Oceano Índico. Vejo desencadear poderoso ímpeto que avança para o norte e noroeste, para a Mesopotâmia , para a Síria  e a Palestina. Trata-se de uma avalanche de  povos e tribos nômades  de raça semítica com o propósito de chegar ao coração do "Fértil Crescente. Vejo que os amoritas, conhecido nesta época como ocidentais - que é seu significado -  espraiam- se  para os reinos do "Fértil Crescente";  o reinado de Suméria e Acad cai sob seus obstinados e violentos ataques.
  
Uma série de estados e dinastias foram fundadas pelos Amoritas , entre elas , uma que viria a ser predominante :  primeira dinastia de Babilônia, o grande centro de poder de 1830 a 1530 a.C; cujo sexto rei foi o famoso Hamurabi. Porém estava destinado a uma dessas tribos nômades semitas adquirir uma grande importância para milhões e milhões de pessoas em todo o mundo até aos dias atuais. Um pequeno grupo, possivelmente apenas uma família  , desconhecida e insignificante  qual um pequeno Grão de Areia  na tempestade do deserto: a família de Abraão, pai dos patriarcas.
  
Fundaram-se vários estados e dinastias, entre elas uma se tornou foi predominante: a primeira dinastia de Babilônia , se tornando o grande centro de poder de 1830a 1530 a.C. O famoso Hamurabi foi seu sexto rei. mas caberia a uma dessas tribos nômades semitas o destino de adquirir decididamente grande importância para milhões e milhões de pessoas no mundo até aos nossos dias. São eles uma pequena família...Um pequeno grupo, desconhecido e insignificante qual um minúsculo grão de areia numa tempestade do deserto: A família de Abraão, o pai dos patriarcas.

"A Bíblica Ur dos Caldeus"
"Taré, tomou pois, a seu filho Abraão e a Lot, seu neto, filho de Haran, e a Sarai, sua nora, mulher de Abraão, seu filho, e fê-los sair de Ur dos Caldeus.(Gên.11.31)".
    Saíram eles, então de Ur dos Caldeus. Justamente assim repercute aos cristãos há dois mil e quinhentos anos. Ur, um nome lendário e misterioso como os dos reis e chefes guerreiros poderosos, de palácios e templos recobertos de ouro lembrados inúmeras vezes pela Bíblia. Da localização de Ur ninguém sabia. Certeza mesmo, é que a Caldéa ficava na Mesopotâmia. Difícil imaginar que há 85 anos a busca pela Ur bíblica, proporcionaria a humanidade a descoberta de uma cultura mais antiga que os mais antigos testemunhos humanos do Egito, abrindo ou pelo menos  batendo na porta da pré-história.
  
Uma estrada de ferro,  esta era  Ur em 1958, perto do Golfo Pérsico e aproximadamente a 180 quilômetros ao norte de Bossara; apenas mais uma de outras célebres estradas de Bagdá, onde desembarcando,  por alguns minutos se houve apenas o barulho das rodas do trem se afastando, e logo após, apenas o silêncio do deserto.

  É um pardo amarelado nas imensas Planícies de Areia, alterado apenas por um único ponto: Um imenso Toco Vermelho que apresenta profundas nossas como se fora forjada por um titã. Esse morro solitário com suas altas fendas onde dormem as corujas é bem conhecido pelos beduínos que há tempos o chamam de "Tell al Muqayyar, "Monte dos Degraus". Por oferecer abrigo desde os tempos incalculáveis, ali montavam os beduínos  suas tendas para se protegerem, com seus rebanhos, das perigosas Tempestades de Areia..Um local onde repentinamente uma temporada de chuva  faz  nascer milagrosamente ervas.
  
Ali, onde há 4.000 a.C, ao invés de ondas de areias, ondulavam vastos  campos  de trigo, cevada, figueira, bosques de palmeiras e culturas de hortaliças, a perder de vista. Culturas imensas, facilmente comparadas às maiores lavouras existente nos dias atuais em diversos países envolvendo o trigo, legumes e frutas. Um Sistema de Canais e Fossos Retilíneos , obras primas da Engenharia de Irrigação, atravessava àquele verdor luxuriante dos campos e terraços. Em plena Idade da Pedra os peritos entre os habitantes sabiam aproveitar o líquido da vida, desviando - o,  racionalmente de suas margens e assim transformar regiões desertas em verdadeiras em lavouras paradisíacas.
  
O Eufrates, nesse tempo, praticamente escondido pelos bosques de Palmeiras umbrosas passava por aqui. Esse filho e criador de vida era usado intensamente, promovendo intenso tráfico naval até ao mar. Nesse  tempo, o Golfo Pérsico, através das embocaduras do Rio Nilo e Eufrates, penetram muito mais  para dentro. Bem antes de ser construída a primeira pirâmide do Nilo, o Tell al Muqayyar, se erguia imponente em seu lugar,  quatro enormes cubos com altura aproximada de 25 metros , erguido uns sobre os outros, diminuindo gradualmente e recobertos com ladrilhos de cores maravilhosas. Sobre sua negra base quadrangular de uns 40 metros de lado , os escalões superiores, ornados de árvores, eram vermelhos e azuis.
  
Seu último escalão  era  um pequeno terraço,  com um santuário coberto por um teto dourado. Nesses  lugares dedicados aos cultos, imperava o silêncio. Ali os sacerdotes oficiavam no sacrário de Nannar, o deus da Lua. Nesse local, pouquíssimos ruídos se podia ouvir da rica metrópole de Ur, uma das mais antigas cidades do mundo.

Muito de tudo que estou vendo resistirá  milênios e comporão importantes  provas para a história da humanidade. Vou  "avançar  no tempo, saindo deste  Ano de 1960 a.C  e,  partindo para o Ano de 1854 d.C". É isso mesmo, vou viajar 3.814  anos na Máquina de Viagem no Tempo e retornar a um  século antes do meu e viver o  "Século do Iluminismo". Vou acompanhar professores e sábios em suas Expedições Científicas  e suas inesquecíveis escavações.
  
Em 1854 d.C, uma carga de pás, picaretas e aparelhos de medir, transportadas por camelos e jumentos,  para o solitário morro vermelho se dirigi chefiados pelo Cônsul Inglês em Bassorá , Mr. J.E.Taylor . Ele não estava ali simplesmente por espírito de aventura  ou por sua própria vontade; tratava-se de um desejo do Museu Britânico de Londres, que através do Foreign Office lhe dera esse encargo, afim de promover a exploração do sul da Mesopotâmia.
    A expedição têm como meta, a busca de antigos monumentos arquitetônicos  na terra onde o Rio Eufrates e o Rio Tigres se aproximam cada vez mais um do outro à medida que se aproximam do Golfo Pérsico - em busca de antigos monumentos arquitetônicos. Taylor ouvira falar muito sobre aquele estranho e imenso "Monte de Pedras", por isso o escolheu para direcionar sua expedição.
  
Na metade do Século Dezenove, o desejo súbito de se formar uma ideia cientificamente alicerçada sobre a história da humanidade, escolhe àquela parte do mundo, composta pelo Egito, Mesopotâmia e Palestina para - na metade do Século Dezenove - dar início à muitas pesquisas e Escavações Científicas.
Interessante notar que até então - desde o Ano 550 a.C aproximadamente,  apenas a Bíblia foi  a única fonte de informação sobre a história da Ásia menor. Só ela falava sobre os tempos que se perdiam nas sombras ou escuridão do passado. Na Bíblia surgiam nomes e povos que os gregos e romanos antigos não tinham mais notícia alguma.

Atraídos irresistivelmente para as terras do Antigo Oriente, multidões de eruditos, cujos nomes desconhecidos em meados do século passado, motivados por seus achados  passariam a ouviriam assombrosamente seus nomes em todas as bocas; os homens do "Séculos das Luzes".
    Esses homens e suas forças expedicionárias, graças a sua disposição pela continuidade e trabalho, conseguiram arrancar das areias do deserto, ao longo dos grandes rios da Mesopotâmia e do Egito, chamou a atenção de milhões  e abriu pela primeira vez a porta do mistério do mundo da Bíblia.

Em Mossul, um inspirado arqueólogo e Agente Consular Francês, Paul Êmile Botta, dá início em 1843, às escavações em Corsabad, no Tigre. Vitoriosamente, traz à luz do dia das ruínas de uma metrópole de quatro mil anos , em todo seu esplendor, os primeiros testemunhos da Bíblia : Sargão, o lendário soberano da Assíria, que enviou naquele ano Tartan, que  se opôs a Azot,  diz  Izaías  20.1.

Dois anos depois um jovem diplomata e explorador inglês de nome  A.H. Layard  pôs a nú Nemrod  (kalchu) , a cidade que na Bíblia  se chama Cale ( Gên.10.1)  e agora tem o nome do bíblico Nemrod; robusto caçador diante do Senhor.  Babilônia foi o princípio de seu reino, e Arac, e Acad, e Colane, na terra do Senhor. Daquela terra foi para Assur. e edificou Ninive, e as praças da cidade, e Cale...(Gen.10.10.11).
  
A onze quilômetros de Corsabad , pouco tempo depois , sob a direção do major Inglês Henry Creswicke  Rawlinson, que veio a tornar-se um dos mais notáveis assiriólogos, seus expedicionários puseram a descoberto Ninive, a capital Assíria  e a célebre biblioteca do Rei Assurbanipal -  a Ninive da Babilônia, cuja maldade os profetas escreveram repetidamente   (Jonas 1.2)
    Nos anos de  1838 1852, um sábio americano, Edward Robinson , dedicou-se a reconstituição da antiga tipografia, enquanto que o alemão Richard Lepsius , diretor do Museu Egípcio de Berlim, registra de 1842 a 1846 os monumentos arquitetônicos do Nilo.
Por volta do Ano de 1850, depois de Champollion ter conseguido decifrar os hieróglifos egípcios, é também solucionado os segredos da escrita cuneiforme, entre outros por Relinson, o explorador dos segredos de Ninive. Assim, os documentos começam a falar. 
    Voltando a caravana que se aproxima do Tell al Muqayyar, o cônsul Taylor  manda armar as tendas junto ao Morro Vermelho. Ele, não tem ambições, tão pouco preparo científico.  Por onde começar? Onde pôr com acerto as turmas de nativos para escavar? O grande montão de Tijolos, obra prima arquitetônica de um passado obscuro, não lhe diz nada como construção.
É possível que exista em seu interior algo interessante  para mostra no museu ou que interesse aos cavalheiros londrinos. Há pensamentos vagos  sobre velhas estátuas, armas , adereços e até em tesouros ocultos. O morro é vasculhado palmo a palmo, mas a construção parece maciça , não existindo espaço vazio em seu interior. À partir da areia, o bloco inferior é erguido e sua altura mede aproximadamente 10 metros.

 Duas largas  Rampas de Pedra dá acesso ao bloco superior e acima deste, um pouco menor foi erguido um terceiro e quarto. Sob o sol escaldante, Taylor sobe pelas quatro fendas da construção degrau após degrau e vê apenas tijolos. Em um dos dias, Taylor -  banhado de suor  -  sobe a plataforma superior; ao vê-lo, duas corujas assustadas voam das muralhas deterioradas  pelo tempo.
  
 Nada mais vê. Mas, ele não desiste e mantém seus esforços em descobrir os mistérios da construção, entretanto toma uma decisão que nos dias atuais não podemos deixar de lamentar. Ele retira as turmas de trabalhadores que trabalhavam na base do do morro, levando - os a trabalhar na parte superior.  Assim, o que resistiu aos séculos. ao sol causticante do deserto e às Tempestades de Areia  é destruídas pelos impactos implacáveis das picaretas.

Taylor ordena a derrubada dos escalões superiores, e começa simultaneamente nos quatro cantos. Diariamente ouve-se o barulho  dos tijolos sendo quebrados e caindo na base da misteriosa construção. Um dia, após semanas e semanas, repentinamente cessam as gritarias e as batidas incessantes das picaretas e dois homens descem o morro rumo a tenda de Taylor.
     Trazem em suas mãos uns pequenos bastões, cilindros de barro cozido. Taylor se decepcionou, ele esperava mais.  Depois de espanados,  surgem nos Rolos de Barros  muitas inscrições cobrindo-os. É Escrita Cuneiforme! Apesar de nada entender do conteúdo escrito, ele fica muito.  Bem acondicionados, os cilindros são enviados a Londres. Entretanto os sábios do Tâmisa dão pouca importância ao achado. Já era de esperar, afinal naqueles anos os pesquisadores estão com seus olhares fascinados  em direção ao Norte da Mesopotâmia, pois no curso superior do Rio Tigre, nos montes de Ninive e Corsabad. estão sendo descobertos palácios e gigantescos relevos assírios  , milhares de Tabuinhas de Barro e estátuas que obscurecem.
  
Diante dessas descobertas, que importância teria os pequenos Cilindros de Barro do Tell al Muqayyar?  Taylor, por dois anos mais,  continua  a procurar incansavelmente no Tell Muqayyar, mas sem obter  resultados significantes,  é chamado  à sua pátria.
Somente mais tarde, aproximadamente 75 anos, após a saída de Taylor, é que o mundo virá conhecer o Tesouro Imensurável  que dorme  sob aquele antigo Morro Artificial.                                                                                                                                                                                                                                                                                 
    Os homens de Ciência - por algum tempo - esquecem o Tell al Muqayyar, mas ele não fica abandonado. Com o afastamento de Taylor, aparecem multidões de visitantes que se apoderam dos restos dos materiais usados na construção dos muros e dos escalões, notadamente os restos dos Escalões Superiores destruído
pelos trabalhadores vindos de muitos locais, ano após ano, saem dali com suas bestas  carregadas de tijolos.

 Moldados há milênios, eles ainda apresentam legíveis os nomes de Ur Nannu, o primeiro construtor,  e de Nabonid, o soberano da Babilônia que restaurou a Torre Escalonada a que chamavam  Zigurat.  As Tempestades de Areia, o vento e ardor do sol termina a Obra de Destruição.   
Tropas inglesas marchando para Bagdá durante a Primeira Guerra Mundial no ano de 1915, acampam nas proximidades da velha construção com seu aspecto primitivo mudado e arrasado, afinal são dezenas de anos de saques e destruição.

perfil dos antigos escalões  desapareceram; tanto que um soldado  montado num burrro consegue escalá-lo. Por acaso entre os oficiais encontra-se um especialista. R.Camppbell Thompson, pertencente ao Serviço de Informação do Exército  da  Mesopotâmia, que exerce na paz o cargo de assistente do Museu Britânico. Consternado pelo que vê, Thompson explora o gigantesco  monte de tijolos  Exames do solo permite-lhe  prever outros fundamentos ...Ruínas e cidades  sob a areia do deserto.
Thompson cuidadosamente registra tudo e comunica com urgência a Londres. Isso o induz a espanar os modestos e pequenos cilindros de  barro, até então esquecidos . Os exames é feito com grande diligência.

As inscrições contêm informações  interessantíssimas e ao mesmo tempo curiosa; aproximadamente dois milênios e meio antes do cônsul Taylor, outro homem busca e rebusca  no mesmo lugar e com o mesmo interesse. Cultor dos antigos, célebre e soberano de um grande reino e arqueólogo, tudo numa só pessoa, assim era Nabonid de Babilonia  que viveu no século VI a.C. Ele verificou que o zigurat já era velho. Mas Nabonid procedeu diferente de Taylor. "Mandei reconstruir  a estrutura como fora nos velhos tempos, com argamassa e tijolos queimados "
  
Quando a velha torre escalonada ficou reconstruida, mandou gravar o nome do primeiro construtor justamente naqueles pequenos cilindros  de barro. Seu nome, verificou o babilônio pelas inscrições que decifrou, ser o rei Ur-Nannu! Seria ele o construtor da grande torre escalonada, o Rei Ur de que fala a Biblia ...O soberano de Ur dos Caldeus?
Postagem II

Em escavações realizadas na Mesopotâmia, o nome Ur, em textos cuneiforme  referem-se várias vezes a este nome bíblico aproximando esta suposição da verdade: Ur, a capita da grande nação dos sumérios. Por isso têm início o grande interesse pelo semi destruido  Tell al Muqayyar, unindo sábios do Museu da Universidade de Pensilvânia(EUA), e arqueólogos do Museu Britânico na proposta de realização de novas escavações. A conclusão é que a torre escalonada do baixo Eufrates esconda o mistérios sobre o desconhecido povo dos sumérios e da bíblica Ur. Em 1923, um grupo de arqueólogos anglo americano conseguem partir pra lá. Com seus apetrechos e medicamentos, eles partem de trem através da Estrada de Ferro de Bagdá, evitando assim o grande desgaste provocado pelo sobe e desce do lombo dos camelo.
  
Os arqueólogos conseguiram uma boa verba, o que -lhes possibilitam escavar uma grande área na região. A espera é por grandes descobertas e consequentemente o trabalho será por vários anos. Sir Charles Leonard Woolley, inglês de 43 anos é o diretor responsável pela expedição. Sr. Charles se consagrou em suas viagens de pesquisas e escavações realizadas em no Egito, Núbia  e Carquemis, no alto Eufrates. Bem sucedido e competente, ele sentia que o Tellal Muqayyar seria a grande tarefa de sua vida. Diferente de Taylor, décadas atrás,  ele não dirige  sua atenção principal para a torre escalonada, mas sim nas elevações achatadas na extensa planície de areia.
  
Woolley, atencioso em suas observações não deixa escapar a singularidade daquelas formas parecidas à pequenos planaltos: planos em cima com suas vertentes quase que simétrica; grandes e pequenos existentes em quantidades imensas em todo o Oriente Próximo, nas planícies férteis localizadas às margens dos grandes cursos d'água, nas  trilhas e caminhos por onde em tempos imemoriais transitavam as caravanas. São tantas que  se pode achá-las , desde as desembocaduras do Tigre e do Eufrates , portanto no Gôlfo Pérsico até às terras da Ásia Menor, onde o o Mar negro  tem projetado em si, o Rio Hális. São tantas essas elevações de terreno que existem também nas costas do Mediterrâneo oriental, nos vales do Líbano, ás margens do Orontes, na Síria e na bacia do Jordão, na Palestina. Altamente cobiçadas e inesgotáveis até  àquele momento,  são essas elevações de terreno as minas dos arqueólogos.

 Não é difícil imaginar o tic.tac daqueles corações. Afinal não se tratava de simples formações naturais, e sim de amontoados artificiais produzidos  pelos grandes escombros  e refugos de inúmeras casas, choupanas, muros de cidades, templos ou palácios fabricados por sucessões de gerações, que em dado momento da história da civilização, edificaram naqueles locais suas primeiras comunidades; posteriormente destruida pelas guerras, pelo fogo ou simplesmente abandonados por seus habitantes, que foram substituídos por outros colonos ou conquistadores, assim como as construções -  uma sobre as outras.
    Essas colinas e suas formas  foram surgindo gradualmente devido aos fenômenos naturais do tempo, ganhando cada uma suas própria formas. Chamado de "tell" pelos árabes , esses montes artificiais já tinham o mesmo nome na  antiga Babilônia que significa "pilha". Na Bíblia, encontra-se esse nome em Jesué, cap.11-13. Na narrativa da conquista de Canaã  fala-se de cidades localizadas nessas colinas. A palavra usada é "tulul",  ou seja: o plural de "tell". Os árabes distingue-os facilmente dos relevos naturais, aos quais chamam de "jebel".
  
O tell é como um livro de história e suas camadas como folhas de um calendário para os arqueólogos que  -lhes possibilitam reconstituir página por página o passado histórico daquelas civilizações e traduzem seus costumes, habilidades artística, a cultura e o grau de civilização de seus habitantes. Assim, os arqueólogos conseguiram resultados espantosos.
    As pedras,  tijolos ou restos de barros mostram como se construiam naquela época. Para que se faça uma ideia, até as pedras carcomidas pelo tempo e restos de tijolos permitem  deduzir com precisão o traçado das construções. Vasos quebrados, utensílios, armas e ferramentas que se encontram em toda parte contribuem com sua parte  nesse grandioso trabalho investigativo do passado. Na precisão fantástica , encontram-se as cerâmicas, desenhos de potes e vasos - todos com suas cores tornaram-se o número um do cronômetro  arqueológico.  A precisão até ao segundo milênio a.C, têm margem de erro máxima de apenas cinquenta anos nesse ano de 1923.

Muitos documentos se perderam nas primeiras escavações, isto por que nenhuma atenção se dava aos cacos que naturalmente eram na ocasião simplesmente expurgados. A importância dos arqueólogos da época eram direcionados apenas para os grandes monumentos, os relevos, as estátuas e tesouros.  Heinrich Schliemann, precursor dos exploradores é um exemplo disso. Sua fixação era encontrar a Troia de Homero e possuído de ardente orgulho , depos suas turmas em colunas e atacou a terra em profundidade e assim camadas e camadas que poderiam ter grande significado e usadas como calendário eram removidas como entulhos e descartadas.

    Por fim, Schliemann arrancou da terra um precioso tesouro e maravilhou o mundo, não sendo, porém, o que ele esperava ser. Mas, o tesouro de Priamo, seu grande achado precedia de  uma época muita séculos anterior. Na sua ânsia de sucesso, ele havia cavado mais fundo. Comerciante toda a vida Schliemann era um adventício, um leigo. Mas os próprios especialistas na época não faziam melhor.

Somente decênios depois é que os arqueólogos, com base em experiências,  estabeleceram uma sistemática para a realização dos trabalhos a serem executados nas escavações. Com base nela, começando por cima, examina-se o solo centímetro por centímetro. Assim, "tell" é estudado com seus menores fragmentos e cacos de barro. A seguir profundos cortes são feitos. Camadas de diferentes cores começam a surgir, o que permite aos entendidos uma primeira visão retrospectiva da história dos estabelecimentos humanos ali  sepultados. Foi assim - obedecendo esta rotina consagrada - que neste ano de 1923 a Expedição Anglo americana começou a trabalhar no Tell al Muqayyar....  

Postagem II
    Era dezembro e, em seus primeiros dias levantou-se ali  nuvens de pó sobre o sigurat, advindo do monte de entulho localizado no seu lado leste. Apenas à alguns passos lá estava a larga rampa de acesso ao sacrário, utilizada para acesso pelos sacerdotes  nas realizações das procissões solenes  em homenagem a Nannar, o deus da Lua.
  
A  manipulação de centenas de pás levantavam a fina areia que alçava voo ao serem sopradas pelo vento, envolvendo a torre escalonada em sua  tênue nebulosidade; sinal do início das escavações.
    À cada escavação, a  expectativa de conhecer os mistérios de reinados; a ânsia de conhecê-los envolviam a  todos, inclusive o próprio woolley e seus colaboradores que conseguiam controlá-la. Será que tanto suor e desgastes,  físicos e emocionais, seriam compensados com importantes descobertas? Será que os mistérios de Ur seriam desvendados? Apesar de ser um grande desafio, jamais se poderia imaginar que a missão se manteria por seis  anos até a primavera do ano de 1929.
  
 Essa escavação em grande escala, desvendaria no sul da Mesopotâmia capítulo por capítulo o surgimento de uma nova terra no delta dos dois grandes rios naqueles tempos tão distantes onde os povos se estabeleceram, aproveitando as condições naturais de sobrevivência ali ofertadas.
    Nesta longa e penosa pesquisa, foi possível retornar a sete mil anos no tempo, proporcionando a humanidade - mais uma vez -  o conhecer dos acontecimentos e nomes de que nos fala a Bíblia. As primeiras construções a aparecer à luz do dia, foram cinco templos que envolviam em um semi circulo o zigurat construido pelo rei Ur Nannu. À medida que foram surgindo, pensaram os pesquisadores, tratar-se de fortalezas devido a estrutura poderosa de seus muros. O maior deles, medindo 100 x 60 metros em sua superfície, fora erguido para consagrar o deus da Lua, e outro a Nin-Gal e esposa de Nannar.
  
Cada um com seu pátio interior circundado com uma série de compartimentos. Neles ainda, as antigas fontes com suas longas pias calafetadas  com betume ; e profundos talhos de de faca nas grandes mesas de tijolos, permitindo identificar onde eram mortos os animais destinado ao sacrifício. Esses animais eram preparados para o repasto sacrificial comum nas lareiras das cozinhas dos templos. Até fornos para cozer pão havia nas cozinhas. "Depois de 38 séculos, escreveu Woolley em seu relatório da expedição, "podia se acender fogo alí  outra vez,  e as mais antigas cozinhas do mundo podiam ser utilizadas novamente".

 Os tribunais, as igrejas, as fábricas, a administração das finanças são -atualmente - instituições independentes entre si; diferente de Ur naqueles tempos. Em Ur, a circunscrição do recinto sagrado, a circunscrição do templo não era dedicada exclusivamente ao culto dos deuses, pois os sacerdotes exerciam outras funções. Além das oferendas , eles recebiam os dízimos e os impostos, realizando seu respectivo registro.  Cada entrega era registrada nas tabuinhas de barro; certamente os primeiros recibos de impostos que se conhecem. Sacerdotes e escribas juntavam essas coletas de impostos em memorandos semanais, mensais e anuais.Na época  os  cidadãos pagavam seus impostos em espécie e cada habitante de Ur, pagava a sua maneira, pois o dinheiro cunhado não existia.
  
Assim, o azeite, o gado , a lã, as frutas , cereais..., eram guardados em vastos depósitos, sendo os artigos de fácil deterioração guardados nos estabelecimentos comerciais  existente no templo. Muitos dessas mercadorias eram beneficiadas no templo sob a direção do sacerdote. Uma oficina de tecelagem produzia doze tipos diferentes de vestes. Nas tabuinhas , as anotações minuciosas, contendo os nomes das tecelãs empregadas e os meios de subsistência conferido a cada uma delas. O peso das lãs, o tipo, o número das peças e suas respectivas produtividades,tudo cuidadosamente anotados nas tabuinhas de barro. No prédio de um tribunal foram encontradas cópias de sentenças, cuidadosamente empilhadas- arquivadas, tal como se faz hoje em nossos tribunais.

 Já havia passado três invernos que a expedição anglo americana havia iniciado seus trabalhos nos sitios da velha Ur e esse singular museu da história primitiva  da humanidade ainda não revelara todos os seus segredos. Fora do recinto das escavações, os exploradores experimentaram uma inaudita surpresa. Ao limparem, retirando entulhos, ao sul da torre escalonada, uma série de colinas, surgiram diante de seus olhos, 0os muros, fachadas  e paredes  dispostas uma ao lado da outra, filas e filas.
  
Pouco a pouco, descobertos das areias, foram surgindo um compacto quadrado de de casas, com suas paredes - e 4m. algumas partes -  medindo ainda três metros de altura. Entre elas estreitas ruelas,  interrompidas por vezes por praças . Após semanas de penoso, mas cuidados trabalho de retirada de inúmeras toneladas de cascalhos, foi apresentado aos escavadores um inesquecível quadro;  sob o avermelhado Tell al Muqayyar estendia ao sol brilhante toda uma cidade , despertada pelos incansáveis pesquisadores após um sono longo de milênios Woolley  e seus colaboradores  explodiram em alegria ao ver diante de si, a Ur dos Caldeus de que tanto falava a Bíblia.
  
Como era vistosas suas casas e como moravam confortavelmente seus habitantes; em nenhuma outra cidade da Mesopotâmia veio a luz do dia habitações tão esplendorosas e confortáveis quanto aquelas. Comparadas a ela as cidades que se encontraram conservadas em Babilônia pareciam pobres, miseráveis mesmo. No princípio deste século, as escavações alemãs realizadas pela expedição do professor Koldewey só encontrou simples construções de barro de um andar, compostos por três ou quatro cômodos em volta de pátio aberto. Assim vivia também a população da  tão admirada  e louvada metrópole do grande e famoso babilônico Nabucodonosor.
  
 Ao contrário desta, em Ur seus habitante jà há 1500 anos antes viviam em construções maciças e em forma de vilas. A  maioria de dois andares e compostas de 13 a 14 cômodos, sendo o andar inferior sólido, construído de tijolos cozidos no forno e o andar superior de barro com suas paredes caiadas.
Nessas construções haviam , logo após a entrada  pequenos vestíbulo e nele  pias  para a lavarem os pés e mãos sujas pela poeira, em seguida chegava-se a um grande e claro pátio com seu chão lindamente pavimentado. Em sua volta, lá estavam a sala de visitas, a cozinha e demais salas e quartos, inclusive para os criados. Nessas construções haviam também o santuário doméstico ; havendo também uma grande Escada de Pedra e sob ela -um tanto escondida, uma privada.
  
Essa grande escada dava acesso a uma antecâmara circular para onde se abriam os quartos dos membros da família e dos hóspedes. Debaixo dos muros e paredes caídos, à luz do dia, foram aparecendo tudo que integravam aquelas casas aristocráticas, suas mobílias e seu modo de vida. Inúmeros potes, vasos, cântaros e tabuinhas de barro com inscrições foram compondo o mosaico pelo qual se podia reconstruir -  pedrinha a pedrinha - o cotidiano de Ur e seus habitantes. Sem nenhuma dúvida a "Ur dos Caldeus" era uma capital poderosa, próspera, colorida e industriosa no início do segundo milênio a.C.
  
Woolley pensava  continuamente  na possibilidade de Abraão ter saído da Ur dos Caldeus e por consequência ter vindo ao mundo e vivido numa daquelas casas aristocráticas de dois andares. Ter passeado junto aos muros do grande templo e por aquelas ruas e, com seu olhar visto a gigantesca torre escalonada com seus cubos pretos, vermelhos e azuis circundados de árvores.'Vendo em que ambiente requintado passou a juventude , devemos modificar a nossa concepção do Patriarca Hebreu", escreveu Woolley entusiasmado." Foi cidadão de uma grande cidade  e herdou a tradição duma civilização antiga e altamente organizada.
  

Àquelas casas propiciavam grande conforto e até mesmo alto luxo. Foram encontradas cópias de hinos relativos  ao cultos do templo e junto com eles tabelas matemáticas. Nas tabelas haviam ao lado simples problemas de adição, fórmulas para extração da raiz quadrada e da raiz cúbicas. Em outros textos os escribas   haviam copiado as inscrições dos edifícios da cidade e copilado até uma resumida história do templo"Abraão não era um simples nômade: era filho duma metrópole  do segundo milênio a.C.
                                                                                                  


Uma descoberta sensacional: jornais e revistas publicaram as fotos da velha torre escalonada. Assim como as ruínas da metrópole desenterrada, causando uma impressão tremenda, um desenho surpreendente trazia a seguinte legenda: "Casa do tempo de  Abraão".  Woolley encomendou a um artista que fizesse uma reconstituição fiel da realidade dos achados. Em um dos pavimentos, no quadriculado do Pátio interior,  tinha duas altas bilhas. Uma balaustrada de madeira  no andar de cima , separava os quartos do pátio. A imagem de Abraão como patriarca rodeada de sua prole  e de seus rebanhos repassada durante várias gerações, subitamente ter-se - ia tornado  falsa?
  
A concepção de Woolley foi contestada  por teólogos e até mesmo por arqueólogos . Em favor de sua opinião, Woolley tinha o versículo 32 do 11º capítulo de Gêneses. "Tomou pois ,Taré a seu filho Abraão e a Lot...fê-los sair de Ur dos Caldeus". Mas há outras passagens bíblicas que mencionam outro lugar; quando Abraão manda  seu servo mais antigo de Canaã à Cidade  de Nacor  buscar uma esposa  para seu filho Isaac.  Chama a essa Nacor minha terra(Gên24-4, etc.) e casa de meu pai na terra de meu nascimento (Gên. 27-7).  Ao norte da Mesopotâmia, alí era localização de Nacor. Logo após a conquista da terra prometida, assim façou Jesué ao povo reunido: "Vossos pais, Taré, pai de Abraão e de Nacor, habitariam desde o início a banda do além do rio(Josué 24-2). Essa passagem bíblica, assim como em outras, o rio é o Eufrates. A cidade de Ur foi construida na margem direita do Eufrates e alí desenterrada. Vista de Canaã, ela fica aquém e não além  do grande rio. Foi Woolley precipitado  em suas conclusões? Que fornecerá de positivo a expedição? Onde estava a prova que Taré  e seu filho  Abraão eram de Ur; de que eram habitantes de cidade?
    A primitiva viagem de Ur dos Caldeus para Harã não encontrou, exceto a própria descoberta da cidade, nenhuma confirmação arqueológica, declara William F.Albright, professor da Universidade John Hopkins, de Baltimore (U.S.A)".  E, este sábio, que é também explorador de renome e grande conhecedor de arqueologia  da Palestina e Oriente Próximo , acrescenta: " É o fato de os tradutores gregos nunca mencionarem Ur e sim a "terra(dos caldeus)"  podia significar que a transferência da pátria de Abraão

EM BREVE : CONTINUAÇÃO.





                                                  

domingo, 30 de novembro de 2014

A Segunda Guerra Mundial - Parte IX




Parte IX

 -Estou agora em 08 de Setembro de 1941, os alemães fecham o cerco em torno de Leningrado. Penso que será melhor em minha próxima viagem concentrar nossas investigações nesta cidade: impossível relatar todos os acontecimentos desta horrível guerra: são milhares de combates acontecendo simultaneamente, assim, vou recorrer aos registros dos Correspondentes de Guerra e relatar a síntese dos acontecimentos, para isso. Desloco-me agora para o Centro de Informações: Aqui estou e já posso informar os destaques de suas comunicações. São elas:

O Japão ataca Pearl Harbor, o que proca imediatamente a ira dos americanos, os quais entram iniciam sua intervenção na guerra.  Em 28 de Junho de 1942, os alemães iniciam sua ofensiva na Rússia e, simultaneamente Rommel  avança em direção ao Egito em direção ao Canal de Suez. Os ataques à  Stalingrado e ao Cáucaso fracassa e os russos a partir daquela data -19 de Novembro rechaçar os germânicos e aniquilar o VI Exército do  General Paulusem Stalingrado . Montgomery vence a “Raposa do deserto” em El Alamein. No Mar de Coral acontece uma batalha entre japoneses e americanos com seus porta-aviões. Ao americanos conseguem destruir o grosso de porta-aviões da frota japonesa- isto em Midway. Na África do Norte as forças do eixo depõem  as armas. A 10 de Julho de 1943 - na Sicília – as forças aliadas desembarcam.

No dia 25 Mussolini é derrubado do poder: em seu lugar, assume Badoglio. A 3 de Setembro os aliados invadem o território continental  italiano e a 9 de Outubro, Nápoles é libertada. Entretanto,  a Refinaria de Ploestri  sofre um bombardeio pelo “Liberators”: é 1º de Agosto de 1943.  Hitler – no o verão daquele ano: 1943; lança sua grande ofensiva na Rússia: a Wehrmacht ataca Kursk: é dia 04 de Julho, mas ela é derrotada. Assim, os exércitos russos se lançam – irresistivelmente  -  em direção a Dnieper e reconquistam Kiev. No Extremo Oriente ...

 Não percam!
Em breve: parte X

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A Segunda Guerra Mundial - Parte VIII



Cap.VIII

...duas primeiras etapas da campanha, daraia condições  ao comando alemão de criar as condições prévias para desencadear a terceira fase. Nesta, se incorporariam à luta o grupo de exércitos A, com o XVII Exército e o VIII Exército italiano: o desenvolvimento das operações previa o avanço para o Sul, e a  conseqüente ocupação de Restov, a deslocação das unidades para o sudeste e o leste e, por último, a  ocupação da cidade de Stanlingrado. 

          A lenta movimentação das unidades, somadas ao mau estado do tempo, obrigou em mais de uma oportunidade, a transferir-se a data definitiva do ataque . Por fim, o dia D foi fixado. Para a ocupação von Weichs ( II Exército, IV Exército Panzer, e II Exército húngaro) o dia estabelecido foi 28 de Junho. Para o V Exército( von Weichs, apoiada pelo VIII Corpo de Aviação, lança-se ao ataque contra as posições russas. A ofensiva de verão começara.  Os soviéticos tratam, inutilmente, de deter o impulso di IV Exército Panzer, que penetra profundamente em suas linhas. Dois dias mais tarde, 30 de Junho, o VI Exército, de Von Paulus, apoiado pelo IV Corpo de Aviação, inicia a ofensiva, obrigando os russos a cruzar o rio Oskol e retirar –se para o leste.


          No dia 03 de Julho, as pontas de lança da grupação von Weichs se aproximaram do Don, em Voronesh. Mais ao Sul, as forças do VI Exército, de von Paulus, perseguiam o inimigo, que já se retirava.
Foi aí então que Hitler, que havia estado no quartel – general do grupo de exércitos  Sul, em Poltava, ordenou desistir da conquista de Voronesh. De acordo com seus planos , era mais importante deixar para trás a cidade e seguir Don abaixo, sem perda de tempo, afim de lograr envolver as tro´pas inimigas. No entanto, apesar da ordem, no dia seguinte , 04 de Julho , unidades do IV  Exèrcito Panzer cruzaram o Don e estabeleceram cabeças de - ponte na margem oposta. Von Back, a despeito da ordem recebida do Führer, aprovou os requerimentos dos chefes de unidades, que incitavam com urgência a tomar a cidade, empregando as trpas mecanizadas. A operação foi efetuada e a cidade de Voronesh caiu em poder dos exércitos  germânicos no dia 06 de Julho. Hitler, descontente com a atitude de Von Back, ordenou-lhe conduzir suas tropas  mecanizadas para o sul, imediatamente; estas, no entanto, ainda empenhadas em ações de guerra nos arredores de Voronesh, somente puderam retornar ao avanço depois de vários dias.


           O VI Exército, enquanto isso, perseguindo o inimigo em retirada, cruzou o Tichaja Sosna , em direção ao sul: chegou até o Kalitva no dia 07 de Julho e interrompeu a via férrea que ligava Svoboda com Rostov. Em Voronesh, por fim, a 08 de Julho , duas divisões do IV Exército Panzer conseguiram  retomar a marcha para o sul. Outras duas deveriam segui-las, e as duas restantes ficariam apoiando o II Exército. No entanto, no dia seguinte, as colunas avançadas do IV Exército Pnzer se viram obrigadas a deter sua marcha no Tichaja Sosna, por falta de combustível. Chegou-se assim em 08 de Julho de 1942 ao final da primeira fase da ofensiva. Os resultados foram os seguintes: a frente inimiga havia, evidentemente, sentido o golpe, porém o objetivo mais importante – o aniquilamento das forças soviéticas – não se havia conseguido. Com efeito, a quantidade de mortos e feridos era a normal para uma ação de tal transcendência, e os prisioneiros  não passavam de cifras muitos reduzidas; a agrupação dos Exércitos  Von Weichs aprisionou pouco menos de 30 mil soldados., assim como uns mil tanques; o VI Exército afirmou haver aprisionado cerca de 45 mil soldados e 200 tanques . Em resumo:o resultado da operação não justificavam a sua execução. Apenas permitiram aos alemães comprovar o rápido poder de recuperação das unidades russas, que haviam escapado ao cerco  mediante velozes deslocamentos  do grosso de suas forças.

Entre o Donetz e Don 

          No dia 07 de Julho iniciou as operações o I Exército Panzer. A 08, começou o ataque sobre o Donetz , de ambos os lados de Lissitchansk. As forças inimigas que se opunham ao avanço eram integradas por unidades dispersas; o grosso das forças soviéticas retirava-s em massa, ante o avanço alemão.As unidades do I Exército Panzer cruzaram o Donetz e, a 11 de Julho, atingiram o Aidar, ao sul de Starobelsk.
Simultaneamente, o VI Exército avançou numa larga frente , e a  linha imaginária que unia Starobelsk com Boguchar.

Ao sul do Donetz , enquanto isso , as unidades soviéticas se rearticulavam , em novas posições, nos arredores de Vorashilovgrad. No dia 11 de Julho , uma ordem do Alto-Comando  do exército determinou que as alas internas dos dois grupos de exércitos  deviam colaborar para o extermínio das forçãs inimigas, ao norte de Donetz. Em vista disso, o IV Exército Panzer devia avançar em direção a Kamensk e cair sobre a retaguarda das unidades soviéticas perseguidas pelo VI Exército de von  Paulus. O I Exército Panzer, por sua vez, deveria unir-se ao IV em Kamensk e, juntamente com a  agrupação   Ruolff ( 7 divisões de infantaria, 1 divizão Panzer, 1 devisão de infantaria motorizada, 4 divisões romenas, 6 divisões italianas, e 1 divisão tcheca), aniquilar o adversário  ao sul do Donetz.

           As unidades de infantaria do VI Exército, por sua vez, ficavam com liberdade de ação para preparar o posterior avanço rumo a Stalingrado. Nos dias que se seguiram à ordem do dia 22 de Julho, efetuou-se a projetada manobra de cerco no norte do Donetz. As alas internas dos dois grupos de exércitos avançaram do Oeste e do Norte, até um ponto central , localizado em Millerovo. Paralelamente, a ala do VI Exército avançou com dois corpos de infantaria, até o Don médio. Os movimentos das diversas unidades, porém viram-se enfraquecidas pela carência, cada vez maior, de combustível. Por fim, as divisões foram detendo seus avanços e somente destacamentos isolados prosseguiam a marcha. Na região de Millerovo, enquanto isso, as forças alemães, afluindo em grande quantidade, se encontraram em um sério engarrafamento . Durante esse tempo, as forças soviéticas se retiravam para Leste. Finalmente a 15 de Julho, os germânicos ocuparam a cidade Millerovo. O resultado da ampla batida entre o Donetz e o Don , em números de prisioneiros , não foi apreciável . Com efeito, aproximadament  de 14 mil combatentes russos caíram em poder das forças alemães.A exígua cifra demonstrou com clareza que a segunda fase da ofensiva havia fracassado  redondamente.


Ofensiva no Don – De Rostov até Kalatsch


          Mesmo antes de dar por terminada a batalha pela posse de Millerovo, no dia 13 de Julho, Hitler expediu uma ordem na qual expressava que era necessário penetrar rapidamente do Norte até a desembocadura do Donetz e apoderar-se do Don, na sua zona de passagem em Kanstant e Zimlianskaia. Sua intenção : impedir a retirada do inimigo ao Sul do Don. Com efeito, nesse momento as forças soviéticas abriam caminho para o Leste e Sudeste e, ainda em alguns lugares, para o Sul. No mesmo dia 13, por outro lado, materializou-se uma nova demonstração do antagonismo que reinava entre o Estado-Maior do Exército e o Comando Supremo  da Werhrmacht (Hitler) . Enquanto o ditador com ordens e contra-ordens , e interferido nas determinações de seus chefes , entorpeciam a continuidade das operações , Halder, chefe do Estado-Maior, tratava de evitar que a situação se convertesse numa crise      que fatalmente as conduziria ao caos. O estado    do tempo, no entanto, ofereceu uma momentânea solução para o conflito. As chuvas intensas converteram as estradas em imensos lodaçais  e provocaram a imediata paralisação das atividades bélicas. 

          Por fim, Halfer, agindo   com habilidade, conseguiu de Hitler a autorização necessária para acometer sobre Rostov pelos caminhos mais curtos, utilizando nas operação duas divisões Panzer e duas infantarias motorizadas; por outro lado, três divisões Panzer  e uma de infantaria motorizada, prosseguiriam  rumo a às passagens do Don, a Leste da desembocadura do Donetz. Além disso, Stanlingrado devia ser conquistada mediante uma ação  que previa o emprego  do VI Exército, a que estariam subordinados ao XIV Corpo Panzer, com uma divisão Panzer e duas divisões de infantaria. Motorizada, e  LI Corpo de exército, com três divisões de infantaria .
Enquanto isso, aumentavam os indícios do  metódico deslocamento russo em direção a Rostov. A 15 de Julho as fortes formações  motorizadas soviéticas  foram vistas dirigindo-se de Voroshilovgrado para o Sul. A caminhada, longe de ser precipitada, se realizava de modo lento  e organizado. No dia 17 de Julho as forças  alemães ocuparam a cidade de Voroshilovgrado. Paralelamente, o I Exército Panzer estava prestes a forçar a passagem do Donetz, em Kamensk. Em 20 de Julho cessaram os temporais que haviam determinado a paralisação das atividades e consequentemente renovaram-se os movimentos . 

          A Ala Norte da ocupação de Exércitos  Ruoff avançou por Rovenski para o Sudeste; o I Exército Panzer aproximou-se do Norte, até a zona de Schachty; o IV Exército Panzer, por sua vez, avançou também para Schacty.
As forças soviéticas que efetuavam a retirada eram integradas por cinco exércitos, com 45 divisões de infantaria, 5 divisões de cavalaria , 15  brigadas blindadas, e 8 brigadas anti-tanques . A pressão sobre Rostov inflamou-se no dia 22 de Julho. Nessa data , romperam, no Norte e no Oeste, simultaneamente, o cinturão de defesas que envolvia a cidade e, no dia seguinte, , 23 de Julho, essa importante praça de guerra caiu nas mãos dos alemães, depois de violenta luta. Os exércitos russos , entretanto, haviam logrado evitar a destruição; fizeram as pontes voar pelos ares .

Reforma de Stalin


          A gigantesca ofensiva sobre o Don, iniciada pela Wehrmaccht, e que se concretizou depois da tremenda derrota sofrida pelos exércitos soviéticos na Criméia e na Ucrânia , provocou um estado de intenso alarme em todos os planos do comando russo.    
  Não escapou a esse alarme nem mesmo a direção suprema, orientada pelo Kremlin. O confiante otimismo provocado pelas vitórias obtidas no inverno anterior, ao serem rechaçadas as forças germânicas que convergiam sobre Moscou , Leningrado e Rostov, desvaneceu-se diante do ressurgimento do poderio do Exército Alemão . Novamente as divisões, reforçadas poderosamente, haviam dado uma reviravolta na situação. Com efeito, a penetração da Wehrmacht rumo a Stalingrado e ao Cáucaso ameaçava  privar a União Soviética  de suas principais zonas de abastecimento petrolífero ; paralelamente , uma grande massa de suas forças armadas viam-se ameaçadas pelo fantasma do aniquilamento. Diante dessa emergência, tomaram-se medidas severíssimas para fortalecer  a disciplina no Exército. Uma intensa campanha de propaganda  se desenvolveu paralelamente, ressaltando a necessidade do sacrifício total  de oficiais e soldados. Com esse mesmo espírito surgiram , no plano civil , porta-vozes  dessa determinação. Escritores, poetas e artistas em geral , utilizaram suas “armas” para fortalecer o espírito de resistência do povo soviético. 

              No Exército começou-se o pôr em prática um plano de reformas, tendo por objetivo elevar o moral do corpo de oficiais. Entre as medidas tomadas, figurava de novas condecorações militares, designadas com o nome dos grandes guerreiros do passado russo . Essas foram as ordens de Suvorov, Kutusov, e Alexandre Nevsky. Essas primeiras medidas foram seguidas, posteriormente, por outras que, embora carecendo de maior transcendência , significavam uma mudança  radical na estrutura das forças armadas soviéticas . Assim, foram introduzidas insígnias douradas no uniforme dos oficiais, com o que estes voltaram a distinguir-se. Como em 1917. Esses símbolos tinham como objetivo principal ressaltar a nova estrutura que se pretendia dar ao Exército. Havia ficado pata trás a época das improvisações. Os jovens chefes que tomavam agora em suas mãos as rédeas da guerra, haviam feito sua aprendizagem  da moderna técnica de combate, no próprio campo de luta. Essa política teve plenos resultados, como seria demonstrado pela campanha posterior levado a cabo pelo Exército Soviético em Stalingrado.

Em breve a continuação.

domingo, 3 de agosto de 2014

A Segunda Guerra Mundial - Parte VII




Capítulo VII



Tal debilidade foi demonstrada a Hitler pelo Alto Comando, o qual passou por cima de todas as advertências. Bem ao contrário, deu ordens para que acelerasse ao máximo a concentração e a preparação das forças. A enorme distância entre os objetivos e a Wehrmacht se convertia assim no fator tempo, o qual seria fundamental para o sucesso da campanha. Era necessário conquistar Stalingrado e ocupar o Cáucaso antes da temporada de Inverno. Com base nessa necessidade o Fuhrer ordenou o início da ofensiva imediatamente – mesmo sem todas as unidades que nela deveriam participar.


Com a finalidade de minimizar esse problema, o Alto Comando decidiu que as operações de ataques fossem realizadas em várias fases e, que se iniciasse pelo norte, em direção à cidade de Voronesh. A essa ofensiva se seguiria um avanço das forças destacadas no setor central- em frente a Korkov. Essas unidades seguiriam ao encontro das outras que desceriam do norte aceleradamente ao lado das margens do Don. Com essa manobra de envolvimento visualizava-se o aniquilamento de grande parte dos exércitos soviéticos. Numa terceira fase a Wehrmacht da ala sul, irromperia frente a cidade de Rostov, na desembocadura do Don, e seguindo o curso do rio, fecharia o cerco juntamente com as forças que avançavam pelo norte: em frente a Stalingrado. Nessa última batalha o objetivo era destruir completamente as forças russas na frente meridional. Em seguida viria a ocupação de Stalingrado e a penetração final até o Cáucaso.

Este plano teve com base a suposição de que os exércitos russos manteriam suas posições e lutariam sem recorrer a manobras de retiradas. Somente assim, com essas premissas, é que se concretizariam as batalhas e o envolvimento previsto. Entretanto, não foram assim os acontecimentos: os soviéticos resolveram evitar um choque decisivo na margem oeste do Don e concentraram suas forças no Volga e nos contrafortes do Cáucaso. Assim, os alemães comprometeriam suas unidades, desprovidas de suficientes elementos motorizados e meios de abastecimentos golpeando o vazio, ficando expostos pelos francos a um inesperado ataque soviético. Nenhum desses perigos alterou a decisão de Hitler: levar adiante a ofensiva, que segundo suas palavras , culminaria com a maior vitória da história do mundo.

Os russos conseguem obter os planos
 Registro que no dia 18 de Junho de deste ano-1942, na bruma do amanhecer, um avião Storch das forças alemães sobrevoava as linhas de combate, a oeste da cidade de Voronesh. No pequeno aeroplano -  em companhia do piloto -  um oficial do estado maior da 23ª Divisão Panzer viajava com o objetivo de verificar e observar suas próprias linhas; era uma saída de rotina, mais uma entre muitas que se realizavam diariamente. O aeroplano sobrevoou paralelamente às posições alemães  e a zona ocupada pela 23ª Divisão Panzer; depois, antes de retornar à base, desviou-se da rota e se dirigiu na direção leste até as linhas russas: voava sobre a terra abandonada, a poucas centenas de metros das linhas germânicas, quando repentinamente pareceu estremecer , e em seguida caiu.


Pouco tempo depois era apenas uma massa de metal retorcido. Imediatamente, nas posições alemães,  se organizou uma patrulha para verificar de perto a ocorrência. Com a cobertura armada de seus camaradas os homens que compunham a patrulha percorreram, rastejando-se e à pequena distância  a aeronave, mas surpreendentemente entre os destroços da pequena aeronave não havia nenhum rastro de vida visível.
Por fim, depois de uma busca mais acurada aos restos, comprovaram os membros da patrulha que, no interior do avião, já não se encontravam os homens que o tripulavam.


A conclusão, lógica, tornou-se evidente: alguém se havia adiantado à patrulha. E esse alguém não poderia ser senão outra patrulha. Mas os alemães sabiam muito bem  que ninguém havia saído antes deles...nem depois... Voltaram, o mais velozmente possível e, nas suas linhas, comunicaram a novidade: A tripulação do Storch, viva ou morta, estava com as forças russas.Esta informação fluiu rapidamente aos  comandos da divisão até chegar ao Alto Comando. Este acontecimento assumiu grande importância e se converteu em comunicado de prioridade absoluta. Assim, chegou sem demora às mãos do Fuhrer.


Tomando conhecimento do fato Hitler reagiu com extrema violência destituindo imediatamente o General Georg Stumme, chefe do XL Corpo do Exército blindado. Stumme, imediatamente depois da destituição, foi degradado e submetido a um Conselho de Guerra de emergência. Muitos se perguntaram qual teria sido o motivo daquela reação, que logo foi compreendida: o oficial derrubado e capturado pelo exército russo no setor de Voronesh, levava entre seus papéis, os planos complementares e detalhados da iminente ofensiva que os exércitos alemães deveriam de4sencadear. Aqueles planos, portanto,  já deveriam estar sendo examinados pelos russos. A situação que se apresentava, era semelhante – em linhas gerais – à que aconteceu  na noite de 10 de Janeiro de 1940, quando horas antes dos alemães lançarem-se ao ataque contra a França.

Naquela situação, um avião da Luftwaffe, em que viajava o Major Helmut Reinberger, oficial de ligação das tropas aerotransportadas, perdendo o rumo, aterrissou nas cercanias da Cidade de Mechelensur -Meuse,  no território belga. Preso pelos guardas fronteiriços belgas, teve que entregar os planos que levava consigo: planos que detalhadamente mostravam as operações da invasão da França. Naquela ocasião, a existência de outro plano elaborado pelo General Von Manstein sanou o gravíssimo incidente. Entretanto o que aconteceu em Voronesh era irreparável.


O ataque


O desenvolvimento das operações se realizaria nas três grandes fases previstas:
A primeira se concentraria na Zona de Kursk, as forças pertencentes ao II Exército, ao IV Exército Panzer e ao II Exército húngaro.  O total era de 11 divisões de infantaria, 3 divisões de Infantaria Motorizada e 10 divisões húngaras;na região de Belgorod, por sua vez, se concentrariam os efetivos do VI Exército, de Von Paulus , com um total de de forças que compreendiam 16 divisões de Infantaria, 2 divisões Panzer e 1 divisão de infantaria motorizada. O sentido geral do ataque de ambos os grupos se orientava sobre o Don, em direção a Voronesh. Na segunda fase da operação, se orientaria o avanço das unidades para Millerovo,  objetivando o aniquilamento das forças inimigas sediadas no Oskol inferior e no Donetz médio

Uma observação especial: 
“Ouriços”

 Durante suas operações, no amplo espaço do território soviético, a Werhrmacht, ante a impossibilidade de manter uma frente contínua entre sua unidades, recorreu a tática das posições ouriço. Ao deter sua marcha, tanto no ataque como na defesa, as unidades alemães formavam um perímetro circular para assegurar a proteção de todos os seus flancos. Esse perímetro, ou ouriço, eram integrado por 3 anéis sucessivos: um , interior, no qual se colocava a artilharia, outro, intermediário, onde se situavam os tanques e as armas pesadas da infantaria ( morteiros, peças antitanques,  etc. ) e um terceiro, ou exterior, formado pelas trincheiras e ninhos de atiradores da infantaria.

Os ouriços eram sempre estabelecidos em torno de uma frente de água potável para que,  em caso de cerco e sítio prolongado, as tropas pudessem  contar com esse elemento vital. Os canhões eram distribuídos de antemão, em baterias ou peças isoladas, cobrindo cada setor do ouriço e se mantinham prontos para romper fogo. Deste modo, poucos segundos depois que as sentinelas da vanguarda  lançavam ao ar foguetes de iluminação , em sinal de perigo , uma dezena de projéteis explodiam com precisão matemática poucos metros adiante das trincheiras atacadas.  

Não somente a infantaria  contava com abrigos cavados na terra, mas também  na retaguarda , entre tanques e artilharia , construíam-se curtas trincheiras, de 2 a 5 metros de cumprimento, para que os soldados contassem com refúgios  adequados contra os ataques aéreos . Geralmente ao estabelecer uma posição “ouriço”, a infantaria tomava a seu cargo a totalidade das tarefas de segurança, deixando livres a tripulação dos tanques para que reparassem os seus veículos desgastados pelas contínuas marchas.

Continuando o relato sobre o ataque, e suas três fases previstas, confirmo que o I Exército Panzer , com 11 divisões de infantaria, 3 divisões Panzer , 1 divisão de infantaria  motorizada e 4 divisões romenas, devia atacar rumo ao nordeste e envolver o inimigo. A execução das .......

Continua no próximo capítulo.



" Aram, "quer por quer" se deslocar aos conflitos ( guerras):  Ucrânia e Faixa de Gaza. E , aí... ?????? "

Em breve : Cap. VIII