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Maiores informações: Acesse Cap. V
A segunda Guerra Mundial
Capítulo VI
O General
Halder, ao receber essas ordens do Fuhrer, colocou-se em completo desacordo com
os planos. Em sua opinião não havia a menor possibilidade de êxito na pretensão
de obrigar a Rússia a depor as armas
através de uma ofensiva em grande escala. Os motivos de não concordar com esse
plano baseavam-se na grande perdas sofridas durante o inverno pelo exército
alemão, perdas essas que –lhe retiravam qualquer condições de empreender uma
nova campanha de alcance tão vasto . De acordo com as intenções de Hitler, a
penetração das forças até a linha Volga - Cáucaso obrigaria a Wermacht a
percorrer uma frente de 3 mil quilômetros de extensão em linha reta.
Halder
assinalou, ao contrário, que, devido as enormes reservas de homens e material
dos soviéticos e sua extraordinária capacidade de recuperação, os alemãs deviam
limitar-se a estabilizar suas linhas, e, elevar os desgastes das forças russas
através de ações ofensivas parciais, com objetivos limitados, principalmente em
setores de Moscou. Essa tática permitiria à Wehrmacht ter o tempo necessário
para a sua recuperação, e assim, com seu potencial de ataque recuperado,
empreender então a campanha decisiva. Entretanto, essa iniciativa não deveria
ser lançada no setor que Hitler indicava: Rússia meridional.
Ali, os soviéticos,
ao contrário de Moscou, contavam com vastíssimos espaços para dividir sua
defesa com profundidade, e assim escapar das operações de cerco. Hitler
rechaçou inteiramente esses argumentos. A idéia de apoderar-se das fontes
petrolíferas se tornara obcecada. A seu ver, a posse das fontes petrolíferas do
Cáucaso era vital para a Alemanha. Pouco antes de iniciar a ofensiva faria uma
declaração ao General Paulus, chefe do VI Exército: “ -Se não conseguir
apodera-me do petróleo de Maikop e Grozny, terei que parar a guerra!”
Com o correr
das semanas suas idéias foram evoluindo par o plano da mais completa fantasia.
As vitórias alcançadas por Rammel na Líbia abriam, segundo ele, a possibilidade
de realizar uma colossal manobra de pinças sobre o Oriente Médio. Avançando
através do Cáucaso e do Canal de Suez, as forças alemães, depois de unidas,
marchariam para o Golfo Pérsico e ameaçariam a ´´India. Estes planos - mesmo
necessitando de fundamento prático - foram considerados seriamente pelo ditador
e seus prosélitos. Halder e os chefes militares, porém, julgaram-nos totalmente
Para tornar realidade o avanço rumo ao Cáucaso, a Wehrmacht disporia de
aproximadamente 60 divisões alemães e,
provavelmente umas 40 aliadas obtidas entre as forças italiana, romenas e
húngaras.
Estas últimas
unidades, pela debilidade do seu armamento, equivaliam praticamente à metade de
uma divisão alemã. Assim, para essa ofensiva, não se poderia contar com mais de
80 divisões. Dois terços dessa força teriam que ser localizadas ao longo dos
rios Don e Volga, cobrindo o lado norte e leste da penetração em direção ao Cáucaso.Desse jeito, para a
operação propriamente dita, somente ficariam livres umas 15 divisões.Essa força
reduzida teria que marchar até Baku, no outro lado da agreste barreira das
montanhas caucásicas: uma distância de 1.200
quilômetros . Estes fatores demonstram, de maneira irrefutável, a
impossibilidade de concretização dos desatinados projetos de Hitler.
Entretanto, o ditador estava convencido de que seus exércitos conseguiriam
aniquilar a massa das forças russas, na fase inicial da campanha, mediante uma
série de manobras de cerco no setor oeste do Rio Don.
O caminho papar Stalingrado e o Cáucaso
ficaria então completamente desimpedido, e a ocupação daqueles objetivos seria
logrado sem maiores dificuldades . Constato que nesta data – 5 de Abril de
1942, o Fuhrer emitiu a Diretiva 41 para a orientação da guerra, na qual
ordena:
“-Reunir todas as forças
disponíveis para a operação principal no setor sul, com o objetivo de aniquilar
o inimigo diante do Don para chegar, em seguida , às zonas petrolíferas nos
campos caucasianos, e conquistar o próprio Cáucaso”. Essa ordem condenou a
Wehrmacht à derrota definitiva.
Cumprindo a determinação, as
forças do grupo de exércitos Sul foram aumentadas com divisões procedentes dos
países ocupados da Europa e das nações satélites. As unidades alemães de
reforço começavam a chegar à frente de combate a partir do mês de Março. No
total, somaram 14 divisões de infantaria, 4 Panzer, e 3 de infantaria
motorizada. Essas agrupações padeciam de muitas falhas devido a improvisada e
acelerada preparação, e não possuíam bastante armamento e elementos motorizados
. |A Itália e os países satélites contribuíram com contingentes importantes.
Registro que
estou em 29 de Abril de 1942 e sigo Hitler em sua viagem a Salzburg onde fez
uma longa conferência com Mussolini, solicitando-lhe aumento da colaboração das forças italianas à projetada
ofensiva:
Conferência em Salzburg
“ Notas do
diário do Conde Ciano sobre a entrevista mantida em Salzburg, entre Hitler e
Mussolini, a 29 e 30 de Abril de 1942, na qual se discutiu o problema da ofensiva
contra Stalingrado e o Cáucaso.-Reina muita cordialidade. Isto me faz ficar
vigilante: a amabilidade dos alemães está em razão inversa aos seus sucessos.
Hitler tem aspecto cansado. Os meses de inverno russo pesaram duramente sobre
ele. E, pela primeira vez ,percebo que tem muitos cabelos brancos. Hitler fala
com o Duce. Eu com Ribbentrop. Nas duas instâncias, toca-se , porém a mesma
música. Ribbentrop, principalmente, insiste na área da propaganda ...Napoleão,
o Beresina, o drama de 1812, tudo isso revive em suas palavras. Porém o gelo da
Rússia foi vencido pelo gênio de Hitler. Esse é o principal prato que me é servido. E amanhã? Que nos reserva o
futuro? Neste ponto, Ribbentrop é menos explícito. Ofensiva contra os russos no
sul, com objetivo político-militar dos Poços de Petróleo . Esgotadas suas
fontes de de combustível a Rússia terá de dobrar os joelhos. Hitler fala, fala,
fala. Mussolini, a ser o que fala, mas ali obrigado a ouvir e calar, sofre. No
segundo dia , quando tudo já havia siso dito, Hitler falou sem interrupção
durante uma hora e quarenta minutos. Não esqueceu de nenhum tema : a guerra e a
paz, a religião e a filosofia , a arte e a história. Mussolini olhava,
mecanicamente, seu relógio-pulseira...”Mussolini termina contente, suas entrevistas
com Hitler. Isso acontece sempre, porém – embora não o diga abertamente – desta
vez, sente-se inclinado a refletir muito sobre coisas que não se percebem ainda
muito bem, mas que se cheira no ar. Resume assim a situação: - A máquina alemã
ainda é formidavelmente poderosa, mas sofreu um forte desgaste. Realizará agora
outro esforço grandioso; é necessário
que seja atingido o objetivo.”
Não percam!
- Em breve o cap. VII