domingo, 27 de julho de 2014

A Segunda Guerra Mundial - Parte VI






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Maiores informações: Acesse Cap. V 


A segunda Guerra Mundial 


Capítulo VI


O General Halder, ao receber essas ordens do Fuhrer, colocou-se em completo desacordo com os planos. Em sua opinião não havia a menor possibilidade de êxito na pretensão de obrigar a Rússia  a depor as armas através de uma ofensiva em grande escala. Os motivos de não concordar com esse plano baseavam-se na grande perdas sofridas durante o inverno pelo exército alemão, perdas essas que –lhe retiravam qualquer condições de empreender uma nova campanha de alcance tão vasto . De acordo com as intenções de Hitler, a penetração das forças até a linha Volga - Cáucaso obrigaria a Wermacht a percorrer uma frente de 3 mil quilômetros de extensão em linha reta.
Halder assinalou, ao contrário, que, devido as enormes reservas de homens e material dos soviéticos e sua extraordinária capacidade de recuperação, os alemãs deviam limitar-se a estabilizar suas linhas, e, elevar os desgastes das forças russas através de ações ofensivas parciais, com objetivos limitados, principalmente em setores de Moscou. Essa tática permitiria à Wehrmacht ter o tempo necessário para a sua recuperação, e assim, com seu potencial de ataque recuperado, empreender então a campanha decisiva. Entretanto, essa iniciativa não deveria ser lançada no setor que Hitler indicava: Rússia meridional.


Ali, os soviéticos, ao contrário de Moscou, contavam com vastíssimos espaços para dividir sua defesa com profundidade, e assim escapar das operações de cerco. Hitler rechaçou inteiramente esses argumentos. A idéia de apoderar-se das fontes petrolíferas se tornara obcecada. A seu ver, a posse das fontes petrolíferas do Cáucaso era vital para a Alemanha. Pouco antes de iniciar a ofensiva faria uma declaração ao General Paulus, chefe do VI Exército: “ -Se não conseguir apodera-me do petróleo de Maikop e Grozny, terei que parar a guerra!”


Com o correr das semanas suas idéias foram evoluindo par o plano da mais completa fantasia. As vitórias alcançadas por Rammel na Líbia abriam, segundo ele, a possibilidade de realizar uma colossal manobra de pinças sobre o Oriente Médio. Avançando através do Cáucaso e do Canal de Suez, as forças alemães, depois de unidas, marchariam para o Golfo Pérsico e ameaçariam a ´´India. Estes planos - mesmo necessitando de fundamento prático - foram considerados seriamente pelo ditador e seus prosélitos. Halder e os chefes militares, porém, julgaram-nos totalmente Para tornar realidade o avanço rumo ao Cáucaso, a Wehrmacht disporia de aproximadamente 60  divisões alemães e, provavelmente umas 40 aliadas obtidas entre as forças italiana, romenas e húngaras.


Estas últimas unidades, pela debilidade do seu armamento, equivaliam praticamente à metade de uma divisão alemã. Assim, para essa ofensiva, não se poderia contar com mais de 80 divisões. Dois terços dessa força teriam que ser localizadas ao longo dos rios Don e Volga, cobrindo o lado norte e leste da penetração    em direção ao Cáucaso.Desse jeito, para a operação propriamente dita, somente ficariam livres umas 15 divisões.Essa força reduzida teria que marchar até Baku, no outro lado da agreste barreira das montanhas caucásicas: uma distância de 1.200  quilômetros . Estes fatores demonstram, de maneira irrefutável, a impossibilidade de concretização dos desatinados projetos de Hitler. Entretanto, o ditador estava convencido de que seus exércitos conseguiriam aniquilar a massa das forças russas, na fase inicial da campanha, mediante uma série de manobras de cerco no setor oeste do Rio Don.

 O caminho papar Stalingrado e o Cáucaso ficaria então completamente desimpedido, e a ocupação daqueles objetivos seria logrado sem maiores dificuldades . Constato que nesta data – 5 de Abril de 1942, o Fuhrer emitiu a Diretiva 41 para a orientação da guerra, na qual ordena:
“-Reunir todas as forças disponíveis para a operação principal no setor sul, com o objetivo de aniquilar o inimigo diante do Don para chegar, em seguida , às zonas petrolíferas nos campos caucasianos, e conquistar o próprio Cáucaso”. Essa ordem condenou a Wehrmacht à derrota definitiva.

Cumprindo a determinação, as forças do grupo de exércitos Sul foram aumentadas com divisões procedentes dos países ocupados da Europa e das nações satélites. As unidades alemães de reforço começavam a chegar à frente de combate a partir do mês de Março. No total, somaram 14 divisões de infantaria, 4 Panzer, e 3 de infantaria motorizada. Essas agrupações padeciam de muitas falhas devido a improvisada e acelerada preparação, e não possuíam bastante armamento e elementos motorizados . |A Itália e os países satélites contribuíram com contingentes importantes.


Registro que estou em 29 de Abril de 1942 e sigo Hitler em sua viagem a Salzburg onde fez uma longa conferência com Mussolini, solicitando-lhe m aumento da colaboração das forças italianas à projetada ofensiva:

Conferência em Salzburg

“ Notas do diário do Conde Ciano sobre a entrevista mantida em Salzburg, entre Hitler e Mussolini, a 29 e 30 de Abril de 1942, na qual se discutiu o problema da ofensiva contra Stalingrado e o Cáucaso.-Reina muita cordialidade. Isto me faz ficar vigilante: a amabilidade dos alemães está em razão inversa aos seus sucessos. Hitler tem aspecto cansado. Os meses de inverno russo pesaram duramente sobre ele. E, pela primeira vez ,percebo que tem muitos cabelos brancos. Hitler fala com o Duce. Eu com Ribbentrop. Nas duas instâncias, toca-se , porém a mesma música. Ribbentrop, principalmente, insiste na área da propaganda ...Napoleão, o Beresina, o drama de 1812, tudo isso revive em suas palavras. Porém o gelo da Rússia foi vencido pelo gênio de Hitler. Esse é o principal prato  que me é servido. E amanhã? Que nos reserva o futuro? Neste ponto, Ribbentrop é menos explícito. Ofensiva contra os russos no sul, com objetivo político-militar dos Poços de Petróleo . Esgotadas suas fontes de de combustível a Rússia terá de dobrar os joelhos. Hitler fala, fala, fala. Mussolini, a ser o que fala, mas ali obrigado a ouvir e calar, sofre. No segundo dia , quando tudo já havia siso dito, Hitler falou sem interrupção durante uma hora e quarenta minutos. Não esqueceu de nenhum tema : a guerra e a paz, a religião e a filosofia , a arte e a história. Mussolini olhava, mecanicamente, seu relógio-pulseira...”Mussolini termina contente, suas entrevistas com Hitler. Isso acontece sempre, porém – embora não o diga abertamente – desta vez, sente-se inclinado a refletir muito sobre coisas que não se percebem ainda muito bem, mas que se cheira no ar. Resume assim a situação: - A máquina alemã ainda é formidavelmente poderosa, mas sofreu um forte desgaste. Realizará agora outro esforço grandioso;  é necessário que seja atingido o objetivo.”



           O Duce concordou em enviar novas forças à Rússia, porém, assim como o Premier Romeno, Antonescu, exigiu que suas forças operassem autonomamente, e sob as ordens de chefes italianos . Ao iniciar a campanha, 4 exércitos aliados, o VIII italiano (10 divisões\) o II húngaro(10 divisões)  e o III e IV romenos (19 divisões)  acompanharam o avanço da Wehrmacht. Por decisão de Hitler, essas forças teriam a seu cargo a proteção do extenso e vulnerável flanco setentrional, ao longo do Rio Don. O grosso das força alemães(VI), VII Exército, e Exércitos Panzer I e IV) ficaria, portanto livre para levar adiante o ataque contra Stalingrado e Cáucaso.Essas distribuição das forças comportava grandes riscos, pois as divisões romenas , húngaras e italianas, apesar dos esforços realizados pelos alemães para equipá-las, continuavam necessitando de armamentos, principalmente com referência aos tanques, canhões anti - tanques , artilharia de campanha e veículos motorizados

Não percam!

- Em breve o cap. VII

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